Publicado pela primeira vez em Outubro de 1982, Memorial do Convento é uma obra que revoluciona ao mostrar uma realidade no passado histórico de forma intensa, com riqueza de detalhes e fazendo-nos sentir como se vivêssemos naquela época.
A história acontece no início do século XVIII, durante o reinado de D. João V e durante a Inquisição. Este rei absolutista, mandou construir o magnânimo Palácio Nacional de Mafra, em resultado de uma promessa que fez para garantir a sucessão do trono.
A obra caracteriza-se por apresentar uma crítica cheia de ironia e sarcasmo à magnificência do rei D. João V em oposição à extrema pobreza do povo.
BLIMUNDA, a “bruxa” portuguesa!
Blimunda Sete Luas é uma das personagens principais desta grande obra de Saramago. Esta jovem portuguesa tem visões, mas oculta esse dom, por medo de ser perseguida e morta pelos inquisidores, tal qual aconteceu com sua mãe. O livro descreve Blimunda como uma jovem corajosa, perseverante e possuidora de profundo amor por Baltasar! Uma mulher ligada à natureza e capaz de muita abdicação e força.
PADRE Bartolomeu Lourenço Gusmão e a Passarola voadora
Outro personagem deste romance que foi inspirado em uma pessoa real foi o Padre Bartolomeu Gusmão, apelidado de “o padre voador”. Foi sacerdote e inventor luso-brasileiro nascido na Capitania de São Vicente, famoso por ter inventado o primeiro aeróstato operacional, a que chamou de “passarola”
Traduzido em mais de 20 línguas, a obra conta com mais de 50 edições. O Memorial do Convento inspirou a ópera Blimunda, de Azio Corgi, criada na Scala de Milão em 1990.
O Palácio Nacional de Mafra é o mais importante monumento do barroco em Portugal. Construída em pedra lioz da região, ocupa 38.000 m, com 1.200 divisões, 4.700 portas e janelas e 156 escadas. Possui esculturas e pinturas de Mestres Italianos e Portugueses e, na Flandres, dois carrilhões com 92 sinos. Integra ainda a Basílica, uma importante biblioteca do séc. XVIII, com c. de 38.000 volumes e um Núcleo Conventual, com um hospital da época.
A maior sala do convento de Mafra está forrada com mais de 40 mil livros, arrumados e alinhados nas estantes em estilo rococó. Encadernações em couro, gravadas a ouro, dizem-nos que não são livros comuns, que estamos perante objectos valiosos, em cujas páginas se condensam séculos de conhecimento, cultura e sabedoria. Numerosas obras foram encomendadas por D. João V, porque o rei queria concentrar neste palácio, que lhe era muito especial, o que de melhor se imprimia no reino e no estrangeiro.
Mafra fica numa região portuguesa conhecida pelo apelido de “Saloia”. Devido à sua proximidade a Lisboa, Mafra sempre recebeu muitos turistas, principalmente por causa do seu imponente Palácio que conta com uma das bibliotecas mais bonitas do mundo. Mas nos último anos, fruto do interesse cada vez maior pela prática de surf nas praias portugueses, o número de visitantes de Mafra aumentou exponencialmente. Para isso, muito contribuíram as fabulosas praias da Ericeira, localidade que pertence ao concelho de Mafra, conhecidas pelas suas excelentes condições para a prática deste desporto.
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